De passagem... pela Estónia, Tallin
Pelo escuro mar Báltico, viajei desde a Finlândia, num barco tipo cruzeiro, até à cidade de Talin, capital da Estónia. Ia sem grandes expectativas sobre a cidade e nem sabia o que ia encontrar. No entanto, após a consulta de algumas brochuras turísticas existentes no barco, fiquei com a ideia do que me esperava, um mundo multicultural com influencias de estónios, dinamarqueses, alemães, Czares, suecos, russos e, desde 2004, da Nato e da União Europeia.
Logo à chegada, desde o porto, são visíveis as muitas torres medievais de telhados vermelhos pontiagudos, todas diferentes, que guardam a cidade, em conjunto com as suas muralhas, também com diferenças nos diferentes troços, numa arquitetura fabulosa. Há, igualmente, edifícios medievais bem restaurados com varandas características e janelas ovais. A ocupação soviética entre 1944 e 1991 deixou marcas culturais ainda muito presentes e não só nos mais velhos.
Apesar da visita guiada ter sido fraca, apressada e limitada em tempo, o centro histórico fazia esquecer tudo isso, levando-me para mundos medievais encantados, não só pela arquitetura das construções e das ruas, mas também pela postura das pessoas, as roupas e a grafia dos letreiros.
Não sou de ficar de boca aberta, mas gostei muito de tudo... das pessoas, dos preços, do meio envolvente e da limpeza. Recordo o Castelo Medieval, a Catedral Ortodoxa Alexandre Nevsky, o Castelo Toompea (sede do governo), a Rua Kobtu , a Praça do Município, a Antiga Farmácia (ainda aberta ao público, é uma das mais antigas de todo o mundo, a primeira referência que se conhece data de 1422), a Igreja do Espirito Santo, o Teatro Municipal e as Três irmãs da Rua Pikkortodoxa (três edifícios).
No centro da cidade moderna, misturam-se edifícios históricos (por exemplo a Igreja Luterana de João de 1867, um edifício de tijolos castanhos de 1932 ocupado pelo Governo Municipal, o Banco Nacional da Estónia ou o Edifício da Ópera terminado em 1913) com edifícios novos construídos em altura para hotéis modernos, um banco, apartamentos e centros comerciais, com as lojas da moda.
Carlos Alberto Santos