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Notícias e Estórias

O momento justifica-o e o objeto da família, Ex-Militares da Companhia de Caçadores 3485, impõe-no. Vamos, todos, contribuir com notícias e estórias do presente e do passado.

Notícias e Estórias

O momento justifica-o e o objeto da família, Ex-Militares da Companhia de Caçadores 3485, impõe-no. Vamos, todos, contribuir com notícias e estórias do presente e do passado.

O que os grandes clássicos da literatura deixam entender sobre as pandemias, como a que estamos a viver com o Covid-19.

Alto Chicapa, 26.06.20

Palacio Bolsa protesto cordão sanitario peste bub

(protesto no Palácio da Bolsa contra cordão sanitário / Peste bubonica 1899)

- A Peste de Albert Camus (1947)

- O Ultimo Homem de Mary Shelley (1826)

- A Máscara da Morte Rubra de Edgar Põe (1842)

- O Amor em Tempos de Cólera de Gabriel G Marques (1985)

- Noites de Peste de Daniel Defoe (romance recente, passado em 1901)

- Os Noivos de Alessandro Manzoni (1827)

- O Ensaio sobre a cegueira de José Saramago (2008)

 

Há uma curiosidade ao longo da história e da literatura sobre as pandemias, que torna isto tudo muito semelhante... ainda hoje.

Não são os vírus, as bactérias ou as pragas, como lhe chamavam... são os nossos comportamentos.

Ao longo desta crise viral, as nossas atitudes têm oscilado entre:

  • Doentes e mortes;
  • Economia;
  • Desunião europeia;
  • Interesses, egoísmo de personagens e fazedores de opinião, onde a irresponsabilidade se mistura com simuladas verdades numa teia irracional de comportamentos;
  • Fraqueza psicológica.

... a abordagem às pandemias parece secular. Desconhecimento, opiniões casuísticas, proibição, isolamento, restrições, encerramentos... por maior que sejam as limitações, os receios do povo que pensa só por si, nem sempre de uma forma sábia ou tolerante, atira-se para o desconhecido sem a necessária informação científica ou sanitária que o  ajude a rejeitar o egoísmo e o irracional.

As incertezas e as mortes de hoje, que muitas famílias estão a vivenciar, revelam a mesma fragilidade da vida noutras épocas… um mundo sem jornais e de analfabetos onde só a imaginação e os tormentos deixavam entender onde estava o perigo (quando se lê, por exemplo, Os Noivos de Alessandro Manzoni, tudo se torna mais claro, nos dias de hoje).

Atualmente, o comportamento de alguns lembra o jogo da roleta russa... num inconsciente exercício de auto suicídio em grupos formais ou informais, de onde, de um momento para o outro, a consciência científica e sanitária se ausenta... uns trocam a vida pelo prazer de momentos e outros pelos resultados económicos… depois de tantos avisos recentes à humanidade: SARS-Cov em 2002, a gripe das aves h5n1 em 2003, a gripe suína h1n1 em 2009, o Síndroma Respiratório do Oriente MERS-COV em 2012, Ebola em 2013, o Zyka em 2015... ou, por exemplo, a Legionela com tantos casos recentes no nosso país.

Ultrapassada (?) mais esta provação, espero um futuro melhor para os que cá ficarem, uma ciência independente das multinacionais… que fique apenas o sintoma decisivo para mudar mentalidades, para diminuir a dependência dos subsídios, para ver empresas fortes, capitalizadas e com trabalhadores envolvidos na sua riqueza e um país “quase” autossuficiente no essencial.

Nesta pandemia do vírus covid 19, que ninguém sabe quando e como acaba, a débil estrutura empresarial de Portugal ficou sem argumentos, a desunião europeia reafirmou-se e o desaparecimento do Estado das grandes áreas da vida das pessoas deu lugar a um grito de todos para que o governo faça agora tudo, pela saúde, pela economia, pelas empresas, pelo desemprego e pelas famílias… paradoxalmente o nível de contradição social com as grandes fortunas e os mercados da dívida é o máximo.

Para os mais desatentos, o Covid comprova a insustentabilidade do atual sistema globalizado, do capitalismo, dos mercados... a incapacidade mundial para combater uma recessão económica, a impreparação demonstrada pela ciência no combate a novos vírus e a crise civilizacional que continua a passar por nós.

Para terminar:

- Os lucros de milhões… milhões anunciados oficialmente pelas empresas… onde estão? Como e onde estão os que ajudaram a criar riqueza?

- Os milhões do turismo… impostos, taxas, taxinhas… para onde foram? Como estão as empresas e aqueles “peões” do setor que ajudaram a engordar, tanto, o PIB português?

- A igreja, com conhecimentos ancestrais sobre pandemias, não está no terreno com a palavra, a sua organização e a proximidade... não chega o culto. Qual a razão do governo descartar tão importante ajuda? … não só para os comportamentos anti-covid, mas também pela experiencia no conforto da mente.

- Apesar de tudo, também, a minha, meia culpa… mantenho o meu otimismo, de que será mais uma etapa da vida para ganhar apesar da ausência de um tratamento específico. Não vou aceitar o otimismo “bacoco” de achar que as recomendações dos cientistas não são seguras ou confiáveis... não me vou deixar instrumentalizar para fins políticos e/ ou económicos onde a vida parece importar menos do que os nossos luxos e os nossos prazeres.

Carlos Alberto Santos

www.cc3485.pt

Ex-Militares da 3485 no MEO Kanal

Canal nº 888882 – Ex-Militares da 3485 no MEO Kanal