As viagens ampliam a vida
A desilusão inicial do que ia vendo, nas paisagens, pouco exuberantes e sem beleza imediata, na limpeza descuidada, evidente em muitos locais, e a degradação das infraestruturas, deixaram-me perante uma deceção inesperada e o absurdo.
No entanto, aos poucos, fui-me sentindo dentro do verdadeiro espírito da magia grega, que vai aparecendo e tocando-nos na memória com variados testemunhos vivos em ruinas e tesouros bizantinos, ao longo de 4000 anos de um glorioso passado, que se prolonga, no mar em 9500 ilhas e ilhotas, desde a clássica Atenas até à Creta minoica.
Em janelas, viradas para o mar e para pedras carregadas de vidas e de séculos de história, dei largas à minha imaginação e ao conhecimento adquirido e viajei, muito, entre o que os meus olhos viam e as memórias de escola na minha adolescência.
Um alimento bom para a vida, numa semana divinal, onde me embrenhei no bulício das deslocações e dos saudáveis abraços, em que me vi envolvido.
Dizia-me a guia… Carlos, apesar de tudo, o que se tem passado no país, vai ser difícil encontrares um grego aborrecido ou mal-humorado.
Não importa se fez sol, vento, frio ou calor… Foi bom ter conseguido reformular a atitude como olhava a natureza e as ruinas, e sentir as pessoas, que preencheram o meu espaço.
Ser caminhante, por terra e mar, em Atenas, Piraeus, Mykonos, Patmos, Creta, Santorini, Corinto, Delfos e Ossios Loukas, foi só, um pouquinho da Grécia… mas, estava lá o essencial, toda a sua atmosfera histórica e religiosa, que adoçou o meu coração e perfumou a minha vida.
Gostei de estar e da companhia.
Um forte abraço a todos. Aos amigos de outras "guerras", OUTRO, este do tamanho do Chicapa.
Bem-haja, Padre David… Um exemplo de liderança.
Carlos Alberto Santos