De passagem... pela ilha grega de Patmos
Com mais umas horas de navegação chegámos a uma ilha árida e rochosa, onde os seus residentes fazem bastantes sacrifícios, um local para onde, no tempo dos romanos, eram deportados os piores malfeitores. Com exceção do peixe, pescado localmente, tudo o resto vem de outras ilhas, incluindo a água, fornecida em navios tanque.
O apóstolo João refugiou-se nesta ilha. Aqui escreveu o Livro do Apocalipse e continuou a escrita do seu evangelho.
Foi na minúscula gruta do apocalipse, na meia encosta, que viveu. É um local sem ofícios religiosos, no entanto é para aqui que os visitantes afluem para fazerem as suas preces e tocarem na pedra onde João escrevia, de pé, ao lado de outra onde descansava.
Junto ao mosteiro de São João, no topo do monte, há outra atividade com lojas, restaurantes e alguns residentes.
Na antiguidade, para se defenderem dos piratas, o mosteiro foi construido como um castelo medieval com muros, bastiões e, no seu interior, uma igreja bizantina, dedicada a São João e decorada com frescos de diferentes épocas.
Carlos Alberto Santos