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Notícias e Estórias

O momento justifica-o e o objeto da família, Ex-Militares da Companhia de Caçadores 3485, impõe-no. Vamos, todos, contribuir com notícias e estórias do presente e do passado.

Notícias e Estórias

O momento justifica-o e o objeto da família, Ex-Militares da Companhia de Caçadores 3485, impõe-no. Vamos, todos, contribuir com notícias e estórias do presente e do passado.

Deus estará farto de nos aturar?

Alto Chicapa, 26.03.20

Junto ao rio Tejo há pessoas que se passeiam, com cão, sem cão. Passeiam a pensar que vão isoladas e que está tudo bem. Não percebo que parte do Fique Em Casa é que não perceberam, mas depois recebo um vídeo de um senhor num centro comercial a dizer que isto é uma praga divina, Deus estará farto de nos aturar, que isto é uma limpeza mas que a ele especificamente, este senhor com cerca de 70 anos, ou seja, grupo de risco, nada afetará. Deduzo que nada o atacará por acreditar em Deus.

Lembro-me sempre da anedota do tipo que vive umas cheias terríveis e está agarrado à janela a ver a água subir, subir. Passa um barco que o quer levar e ele recusa, dizendo: “Deus me salvará”. Mais tarde, já numa situação terrível, passa um helicóptero e quer tirar o homem do cimo do telhado no qual teve de procurar refúgio. De novo, a resposta: “Deus me salvará”.

Conclusão, o homem, tão crente, morre e chega ao céu, injuriado e frustrado refila com Deus: “Então? Eu acreditei em ti e TU não me salvaste!” Deus, podemos imaginar que é o Morgan Freeman que sempre dá mais sumo à história, vestido de um branco imaculado, quem sabe de jelaba, responde. “Então?! Então nada, eu mandei-te um barco e um helicóptero e tu não quiseste”.

No nosso caso, quando nos dizem para ficar em casa não são palavras divinas, são palavras de quem sabe mais do que nós.

E a quem não pode ficar em casa, porque é médico, porque está numa mercearia, padaria, porque recolhe o lixo ou está a trabalhar para garantir bens essências, o meu agradecimento.

Texto de Patrícia Reis

 

Nota pessoal.

A nossa Europa sofisticada, com alta tecnologia e cheia de “glamour”, evidenciou neste futuro recente penúria e uma falta de visão política e cultura do passado. Menospreza todos os ensinamentos adquiridos à volta de doenças como a malária e outras epidemias nas suas ex-colónias de África à Ásia.

A Europa tem de se reinventar… sem dependências em todos os setores, quer para produzir máscaras e outros equipamentos de proteção… uma simples bata de enfermeiro, que está para chegar da China… um medicamento, esgotado, de um laboratório no Paquistão, que voltou a ser desviado por quem pagou mais.

Enfim, os “nossos” eleitos que decidem o que é prioridade, esquecem-se / esqueceram-se que os males e/ ou epidemias também podem acontecer no sistema de saúde de países ditos ricos… onde os orçamentos se sobrepõem às pessoas.

A lição que o coronavírus nos está a dar, talvez…

Carlos Alberto Santos

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