Operação Águia de Costas. O São Martinho dos Ex-Militares da Companhia 3485 e de amigos na Vila de Castelo de Vide.
Foram momentos com sabor a memorias repescadas do fundo do baú ou das prateleiras perdidas nos labirintos do tempo.
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As conversas, soltas como cerejas em que as frases por vezes saltam em galope e catapultam-se umas a seguir as outras, tantas vezes com o sabor da distancia do tempo ou da saudade, da força ou da fraqueza, mas acima de tudo da cumplicidade e da camaradagem.
As refeições foram servidas em self-service sem mesas marcadas ou lugares certos dando oportunidade aos ex-combatentes a ficarem perto uns dos outros sem se organizarem em grupinhos de amigos ou familiares – as nossas famílias compreendem –.
E... em Marvão? Foram momentos emblemáticos, que nos conquistaram de imediato pela paisagem, de cortar a respiração, a preservação da vila e o património. O Castelo no ponto mais alto do planalto é formado por uma rede de muralhas, torres e cisternas. Era... a visita obrigatória.
As castanhas certificadas com Denominação de Origem Protegida são a especialidade da região. No entanto, neste ano, não tivemos muita sorte. No Inatel de Castelo de Vide a gastronomia nunca esteve associada a um único prato com castanhas e o magusto da noite de sexta-feira, as castanhas não se conseguiam descascar. Também em Marvão, nos assadores da Festa do Castanheiro, as castanhas estavam queimadas por fora e cruas por dentro.
Mas em Castelo de Vide aconteceu ALL-IN-ONE, com risos constantes e intensos, olhares cúmplices, abraços e belas gargalhadas.
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Em resumo, esquecendo as castanhas, foi um encontro de amigos com grandes momentos de ternura e de encantamento, conversas mirabolantes, frescas e soltas numa salada de frutas de personalidades.
Carlos Alberto Santos