De passagem... por Moscovo, Kremlin e metropolitano
Sempre associei o Kremlin à sede do governo da Rússia, às revoluções, a Napoleão Bonaparte ou até à perestroika de Gorbatchev, mas na realidade é o nome russo para “cidade muralhada”, a toda e qualquer cidade russa medieval fortificada. Existem outros Kremlin noutras cidades, mas o de Moscovo situado no centro numa área de 28 hectares é o mais conhecido e monumental. Hoje é o centro político da Federação Russa e um dos maiores museus.
Depois da visita à cidade, à Praça Vermelha e agora ao Kremlin mantive as minhas conclusões iniciais sobre Moscovo: uma cidade impressionante (4 dias não chegam para uma visita), as igrejas ortodoxas imponentes com as suas cúpulas coloridas e douradas, os magníficos jardins, a limpeza das ruas e em todo o lado, a arquitetura soviética bem preservada aliada ao moderno, avenidas larguíssimas onde qualquer distância é maior do que se imagina quando se olha para um mapa, no entanto o metro de Moscovo é um sério sistema de transporte, com 80 anos de funcionamento, 195 estações e mais de 325 km de linhas a 80 metros de profundidade, que resolve quase tudo.
É uma das atrações para os turistas, apesar da ideologia comunista, que entendia este espaço como os palácios do povo. Por isso, as estações mais antigas com uma arquitetura suntuosa (em exagero) transmitiam o poder do Estado, dos seus símbolos e da propaganda do regime. Não gosto muito de comparações, mas as estações do metro em Lisboa também são muito bonitas no seu género, no entanto temos muito a aprender com a extrema limpeza do metro de Moscovo. Todas as estações por onde passei eram muito bem conservadas e imaculadamente higiénicas.
Os autocarros usados nas visitas (turismo) contrastavam pela negativa com o Metro. Havia falta de limpeza, bancos mal tratados e um estado geral quase de terceiro mundo (já há muitos anos que não ouvia motores tão ruidosos).
Vídeo / Turismo em Moscovo
Carlos Alberto Santos