Lisboa... preparar o nosso encontro em Novembro.
Reportagem RTP
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Reportagem RTP
As galerias romanas da Rua da Prata, em Lisboa, vão abrir ao público nos dias 25, 26 e 27 de Setembro, naquela que será a única vez que estarão acessíveis a todos este ano.
Carlos Alberto Santos
Ter amigos? Além de ser uma riqueza, e grande, é um privilégio, sem igual.
Falar, visitá-los, convidá-los para um almoço ou um passeio, são maneiras nobres e gratificantes de nos tornarmos mais ricos.
Recebi há uns dias, em minha casa de Alenquer, a visita de um amigo, o Manuel Esteves de Lousada. Estava de visita a Lisboa, em casa de um outro bom amigo, o Daniel Velosa.
Entre um convívio em Alenquer e uma sardinhada em Azeitão, raptei-o, por um dia, assim como à sua simpática esposa, Fernanda, para uma visita à Lisboa antiga.
10 de Agosto de 2009, um lindo e quente dia de Verão deram-nos tempo para fazermos um dos mais típicos passeios lisboetas: uma viagem de eléctrico, pelas colinas.
Antes, percorremos de carro alguns quilómetros por sítios de referência, o Campo Grande, a Cidade Universitária, o Campo Pequeno e a sua Praça de Touros, o Largo do Saldanha, o Largo do Marquês de Pombal e os seus jardins e a Avenida da Liberdade.
Na Praça dos Restauradores, onde deixámos o carro, iniciámos um percurso a pé, com passagem pelas portas do Coliseu, pelo Largo do Rossio, onde contemplamos o teatro Dona Maria, a bonita Estação do Rossio, as ruínas do Convento do Carmo, a muito antiga casa da Ginjinha, e as portas de Santo Antão, onde na juventude comia umas iscas de perna aberta, petisco de gritos (para serem boas a frigideira não podia ser lavada), depois passámos à Praça da Figueira de onde contemplámos o Castelo de São Jorge.
Percorremos a Rua Augusta, com as suas inúmeras lojas, até ao chamado Arco da Rua Augusta. Ainda vimos a fachada dos antigos Armazéns do Chiado e o elevador de Santa Justa e o seu miradouro, apinhado de turistas, uma construção do tipo da Torre Eiffel em Paris.
Acabámos no café, O Martinho da Arcada.
Na Praça do Comércio, apanhámos um histórico eléctrico, já lotado, apesar de ir iniciar a sua viagem.
Turistas italianos, espanhóis e americanos compunham a maioria dos passageiros.
Seguimos pela Baixa Pombalina até à Praça da Figueira, depois passámos pelo Largo Martim Moniz, aos pés do Bairro da Mouraria, avançámos pela Avenida Almirante Reis até ao Bairro da Graça onde vimos o Convento de São Vicente de Fora.
Parámos nas Portas do Sol para uma visita ao Bairro de Alfama.
Começámos pelo miradouro de Santa Luzia e acabámos no Castelo de São Jorge. Uma delícia!
O agradável e diferente almoço aconteceu numa esplanada improvisada numa pequenina e estreita ruela do Bairro de Alfama. Comemos bifes grelhados e bebemos algum vinho branco, fresquinho.
Pelas 18:00, prosseguimos a nossa viagem no eléctrico em direcção ao Bairro Alto.
Passámos pela Sé, atravessámos novamente a Baixa Pombalina, subimos ao Chiado, atravessámos o Largo Luís de Camões e terminámos junto ao elevador no Bairro da Bica.
Por falta de tempo, ficou por ver a Assembleia da República, o Largo da Estrela, a Basílica da Estrela e o jardim, O Bairro da Lapa, a zona ribeirinha das Docas e do Bairro de Santos.
Ao início da noite ainda andávamos no Bairro Alto, mas era aí que o nosso fado estava marcado.
Fomos assistir ao espectáculo, Fado In Chiado, num ambiente agradável com quatro jovens artistas de valor.
Terminámos o dia com uma petisqueira na Cervejaria da Trindade.
O regresso ao carro foi feito por ruas, edifícios e fontes iluminadas como se estivéssemos no Natal.
Obrigado Manuel Esteves, obrigada Fernanda, obrigado Daniel Velosa.
Como foram momentos de grande prazer, dedico-lhes estas últimas palavras: Dai-me só mais um minuto para escrever. Dai-me só mais uma razão para sonhar…
Carlos Alberto Santos