Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Notícias e Estórias

O momento justifica-o e o objeto da família, Ex-Militares da Companhia de Caçadores 3485, impõe-no. Vamos, todos, contribuir com notícias e estórias do presente e do passado.

Notícias e Estórias

O momento justifica-o e o objeto da família, Ex-Militares da Companhia de Caçadores 3485, impõe-no. Vamos, todos, contribuir com notícias e estórias do presente e do passado.

Turismo nas Lundas

Alto Chicapa, 04.07.10

...partiu de Luanda, percorreu cerca de 1.400 quilómetros até chegar à cidade de Dundo, província da Lunda-Norte, depois de ter passado pelas províncias de Kwanza-Norte e Malange.

Depois das Lundas... as províncias do Moxico, Bié, Huambo e termina no Kwanza-Sul (ler mais).

 

Carlos Alberto Santos

 

Texto sobre a 4ª Edição Raid TT Kwanza Sul - 2009

Alto Chicapa, 29.05.10

(embora um pouco longo merece ser lido)

 

O Raid é também uma referência na promoção turística de Angola, ao mostrá-la aos angolanos e ao mundo.

 

A prová-lo, a cobertura mediática que vem em crescendo. Este ano, com várias televisões a transmitirem imagens de grande beleza e vários “directos” mostrando a dureza da prova. A confirmação de que a mensagem vem passando são os muitos sites e blogues que utilizam de forma espontânea, imagens e textos relacionados com o Raid.

 

O itinerário de 2009 cobriu o Norte do País. O seu litoral (Ambriz, N’Zeto (ex-Ambrizete), Soyo (ex-Santo António do Zaire), Cabinda e, ainda, o interior das Províncias do Uige, Malanje, Kwanza-Norte e Kwanza-Sul, num total de 3700km., que foram percorridos de 16 a 25 de Maio.

 

Normalmente, a 15 de Maio, pontualmente, começa o cacimbo (estação seca) mas, este ano, houve chuva até mais tarde e os raidistas (cerca de 50, metade angolanos, metade portugueses) e as 18 viaturas TT da NISSAN, enfrentaram sérias dificuldades, principalmente em certos troços (argilas expansivas, frequentemente com componente vegetal). Assinala-se a dureza com que teve de ser vencido o troço do N’Zeto (Ambrizete)ao Uige (ex-Carmona). Num dia avançaram-se apenas 44 km.! Com constantes atolamentos a exigirem manobras alternativas (construção de variantes em “picada àla-minute”) e uso de cintas de reboque…

 

Para além das magníficas paisagens que se puderam observar (matas de café com frequentes “abertas” de plantação de citrinos e palmar), os participantes puderam conviver com uma população, pobre mas super-hospitaleira, a recuperar rapidamente dos efeitos do conflito armado, população que não escondia o seu entusiasmo por aquela visita às suas terras e que foi inestimável na ajuda à abertura dos tais “percursos alternativos”: jovens a brandirem catanas com enorme mestria, em poucos minutos “deitavam” o capim e os carros passavam a “corta-mato” evitando, assim, as traiçoeiras lagoas de lama…

 

Houve mesmo que pernoitar uma noite dentro das viaturas para prosseguir ao romper da aurora.

 

E logo a população surgiu a assar mandioca, batata-doce e ginguba (amendoim), fazendo com que alguém nos dissesse: “acabou por ser uma
noite muito agradável. Vi um céu magnificamente estrelado e senti-me em segurança total. Não me sentiria assim se tivesse que dormir no meu
carro na marginal Lisboa-Cascais…”


Hospitalidade, beleza e optimismo...

 

Impressões gerais: A inegável hospitalidade e cordialidade das populações. A beleza das paisagens e das terras: a praia do Ambrizete, a força das águas na Foz do Rio Zaire, as florestas de Cabinda, a memória histórica de N’Banza Congo – ex-S. Salvador do Congo – onde se encontra a primeira Igreja católica de pedra e cal, a Sul do Sahara, as matas de café, a vitalidade das terras com o Negage e Camabatela, as quedas de Kalandula – ex-Duque de Bragança - o Rio Kwanza – na ponte Filomeno da Câmara, no Dondo, na Muxima – as Cachoeiras do Binda, Porto Amboim… Tudo são imagens que se fixaram indelevelmente nas nossas memórias…


Outras impressões que nos marcaram: O optimismo no futuro. Todas as pessoas falam em novos projectos e em novas iniciativas (A crise chegou. Angola passou de 15% de crescimento em 2008 a uma previsão de 0% este ano, mas o optimismo e a vontade de fazer estão presentes).

 

A pujança do português. Em todo o lado a comunicação é predominantemente em português.
Mesmo na fronteira do Massabi (entre Cabinda e o Congo Brazaville), onde um imenso mercado anima as relações – frequentemente familiares – de um lado e de outro da fronteira, o português era a base da comunicação. O português, através de Angola, irradia para os países vizinhos.

 

Outra impressão forte, a da reconstrução nacional. Muitos prédios estão em recuperação e reabilitação. As estradas em Cabinda são boas.
Uma óptima estrada abre-se a norte do Rio Kwanza, entre Kapanda (a barragem construída por brasileiros e soviéticos) e o Alto do Dondo.

 

O Turismo dá os primeiros passos. Logicamente, começando pelo turismo interno. Em três anos são visíveis as diferenças, para melhor, na qualidade do serviço, nas pequenas unidades hoteleiras que por toda a parte vão surgindo. Uma referência especial à Estalagem de Cabuta (perto do Calulo), propriedade das organizações Ritz. Os edifícios desta estalagem, além de lindíssimos, estão também inseridos numa mata que parece um jardim botânico, com vistas magníficas.

 

A maior e a mais importante das impressões positivas é o da Paz e Segurança. Nos últimos três anos fiz mais de 15 mil kms em todo-o-terreno em Angola. Jamais senti qualquer constrangimento em matéria de segurança. Os angolanos sabem o que lhes custou o não terem tido Paz durante demasiado tempo e hoje – parece-me – é coisa que, de forma alguma, querem perder.

 

Terra de grande beleza, emoções e muitas lições, esta Angola do século XXI. Para recordar e para acentuar que ela é assim porque as suas bases culturais são muito diferentes das dos outros países. Coordenei a edição de um livro, que teve a colaboração de nomes de elevada competência, contando um pouco de História e estórias das terras visitadas pelo Raid. O livro – patrocinadopelo Banco Keve – foi editado pela Pangeia Editora, em Portugal, e pelas Edições Chá de Caxinde, em Angola.
Acho que vale a pena ler o livro para se compreender melhor esta Angola do Sec. XXI. Anda a escrever sobre Angola muita gente que não sai de Luanda. E em Luanda não sai do asfalto. E no asfalto não sai do Hotel Trópico…

 

Angola não é terra para ser vista de uma forma redutora. E para o ano, se Nossa Senhora da Muxima ajudar, lá estamos de novo… Desta vez será o Leste?

 

Um texto de Miguel de Anacoreta Correia na Revista do INATEL

 

A 5ª Edição Raid TT Kwanza Sul - 2010 vai acontecer entre os dias 23 de Junho e 4 de Julho (ler mais)

 

Carlos Alberto Santos

 

Casamento na cultura tradicional tchokwé

Alto Chicapa, 21.03.10

A honra, a dignidade e o relacionamento entre as famílias facilitava a aproximação de pais ou tutores do pretendente à família da jovem amada, longe das brincadeiras de infância, terminadas de forma precoce, por altura da passagem pela circuncisão e transcorrido o primeiro ciclo menstrual.
 

O sucesso do diálogo visava a efectivação do noivado, uma espécie de namoro com compromisso de casamento, que obrigava à parte solicitante a entrega de um tributo, o alembamento, traduzido num prato e uma enxada (ler mais…).
 

Gostei de ler esta reportagem no Jornal de Angola à luz do ano de 2010, e, curioso, tive que reler o que escrevi em As Minhas Conversas com Sá Moço (ler mais…) e em Alto Chicapa, o Final da Viagem (ler mais…), à luz dos anos 70.

 


 

Carlos Alberto Santos

 

África à distância de um desejo

Alto Chicapa, 16.03.10

Depois dos quatro itinerários que vos propus em Abril de 2009, da reunião que fizemos, para o efeito, em Torremolinos e de uma meia dúzia de pareceres técnicos, que entretanto obtive, deixo-vos a proposta (quase) final da nossa viagem a Angola.
 

É importante a vossa opinião. A avaliação do itinerário também é fundamental para que tudo corra bem. Não se esqueçam que é uma grande viagem e… é a nossa viagem.

 

Agradeço que a validem.
 

Finalmente… logo que esteja ultrapassada mais esta etapa e depois de se conhecerem os eventuais interessados, a proposta será entregue a três operadores turísticos em Portugal e à Associação das Agências de Viagens e Operadores Turísticos de Angola.

 

Ler mais...

 

Carlos Alberto Santos

 

Poetisa angolana - Alda Lara

Alto Chicapa, 11.03.10

Noites africanas langorosas,
esbatidas em luares...,
perdidas em mistérios...
Há cantos de tungurúluas pelos ares!...

 

Noites africanas endoidadas,
onde o barulhento frenesi das batucadas,
põe tremores nas folhas dos cajueiros...


Noites africanas tenebrosas...,
povoadas de fantasmas e de medos,
povoadas das histórias de feiticeiros
que as amas-secas pretas,
contavam aos meninos brancos...

 

E os meninos brancos cresceram,
e esqueceram
as histórias...

 

Por isso as noites são tristes...
Endoidadas, tenebrosas, langorosas,
mas tristes... como o rosto gretado,
e sulcado de rugas, das velhas pretas...
como o olhar cansado dos colonos,
como a solidão das terras enormes
mas desabitadas...

 

É que os meninos brancos...,
esqueceram as histórias,
com que as amas-secas pretas
os adormeciam,
nas longas noites africanas...

 

Os meninos-brancos... esqueceram!..

 

 

Carlos Alberto Santos

 

Falar de nós... no Natal

Alto Chicapa, 23.12.09

A Companhia de Caçadores 3485 foi uma das três companhias operacionais do Batalhão 3870. Formou-se, no ano de 1971, no quartel de Chaves e no Campo Militar de Santa Margarida.

 

Podes recordar aqui, com algumas imagens, todos os nossos nomes.

 

Esteve em Angola de Fevereiro de 1972 a Julho de 1974.

 

...terra de magia e beleza... que podes recordar aqui, com fotografias cedidas pelo António Ferreira, Daniel Velosa, Carlos Alberto Santos, Álvaro Marques, Carlos Oliveira, Carlos Tavares Santos e Manuel Coimbra.

 

 

 

Angola, terra de magia e beleza, marcou a nossa juventude. As nossas memórias, entre perigos e alegrias, retiveram as populações, muitas e variadas paisagens de sonho e a camaradagem. Luanda, Nova Lisboa, Luso, Henrique de Carvalho, Teixeira de Sousa, Gago Coutinho, Sacassange, Canage, Lucusse, Alto Chicapa, António Cavula, Camachilonda, Cacolo, …, (nomes da época), fazem parte das nossas vidas.

 

...esta época, que fez parte das nossas vidas, e que podes recordar aqui com textos escritos por Manuel Esteves com Cambatxilonda, Manuel Carvalho com Paragem Leste  e Carlos A Santos com Chicapa, o final da viagem e As minhas conversas com Sá Moço.

 

 

 

Como qualquer guerra, esta foi igualmente injusta, estúpida, cruel e que em muitos momentos nos fez sofrer tanto, mas qualquer que seja a abordagem a este passado, sabemos que é extraordinário em todos os aspectos a camaradagem e a amizade que se mantém, como podes ver:

Um Feliz Natal para todos, e... um abraço do tamanho do Txicapa, como diz o nosso bom amigo Manuel Esteves.

 

Também desejo, umas Boas Festas e de um Bom Ano Novo ao povo angolano.

 

 

Carlos Alberto Santos

 

PIRÃO, para a Muamba de Frango à Capela

Alto Chicapa, 05.11.09

INGREDIENTES:
300 GRS. DE FARINHA DE MILHO

3/4 LT. DE ÁGUA
SAL A GOSTO

PREPARAÇÃO:
Coloca-se uma panela ao lume para aquecer a água até que fique bem quente, mas sem ferver.

Deita-se aos poucos uma parte da farinha de milho para facilitar a fervura.

Não se pode deixar ferver muito para não criar bolhas de ar e tempera-se com sal a gosto.
Deixa-se ferver cerca de 15 minutos e depois acrescentamos a restante farinha de milho ficando a substância pastosa e vai-se mexendo com uma colher não metálica até ficar no ponto.

Rectifica-se o sal.
Serve-se muito quente, um bom acompanhamento para a receita, Muamba de Frango à Capela.

 

Carlos Alberto Santos

 

FUNJI para a Muamba de Frango à Capela

Alto Chicapa, 04.11.09

INGREDIENTES:
300 GRS. DE FARINHA DE MANDIOCA
3/4 LT. DE ÁGUA
SAL


PREPARAÇÃO:
Diluir a farinha de mandioca em cerca de metade da água fria.

Temperar a água restante com o sal e colocar no lume até ferver.

Mistura-se a fuba anteriormente diluída e mexe-se sempre para não encaroçar.

Deixa-se cozer até engrossar, mexendo sempre.

A fuba vai ficando com uma coloração um pouco mais escura.
A quantidade de água e o sal podem ser alterados conforme o gosto. No entanto o funji deve ficar consistente.
O funji é um bom acompanhamento para  a receita da Muamba de Frango à Capela.

 

Carlos Alberto Santos

 

Estrada Luena/Lucusse recebe novo asfalto em Agosto

Alto Chicapa, 31.07.09

Luena – Setenta dos 133 quilómetros do troço rodoviário Luena/Lucusse, na província do Moxico, começam a ser asfaltados em Agosto deste ano, informou hoje (quinta-feira), o director provincial local do Instituto de Estradas (INEA), David Tito.

 

 

Em declarações à Angop, o responsável explicou que a empresa Sinohydro Cooporation encontra-se a aplicar a camada de solo-cimento no mesmo troço da via.

Para além de ampliação e asfaltagem dos 133 quilómetros de estrada, decorrem trabalhos de construção definitiva de seis pontes de betão armada.

 

Apesar de alguns constrangimentos que a empreiteira encontra na perfuração dos solos em alguns rios para a colocação de pilares, David Tito disse que as obras estão dentro dos prazos contratuais.

 

Para contornar a característica arenosa dos solos das margens dos rios, a Sinohydro espera receber uma equipa de técnicos e máquinas perfuradoras capazes de fazer a fundação e os moldes que possam reter a terra e evitar desabamento.

 

O director provincial do INEA explicou que no princípio deste mês a construtora suspendeu as obras da ponte sobre o rio Luena, a cerca de três quilómetros da sede da província, para acelerar a edificação da ponte sobre o rio Mussimuoji, na localidade de Sacassanje, a 15 quilómetros.

 

A fonte fez saber que no rio Dala (a 35 quilómetros do Luena), onde está se construir outra ponte, está em curso a colocação de dois tubos de três diâmetros cada, que permitirão o escoamento das águas das chuvas.

 

A empreitada do troço rodoviário, iniciada em 2007, enquadra-se no Programa de Investimentos Públicos (PIP) e tem o seu término previsto para 2010.


Notícia Angop

Transcrita por Carlos Alberto Santos

 

Sacassange

Alto Chicapa, 13.07.09

Trezentos pacientes foram assistidos, na localidade de Sacassange, 15 quilómetros da cidade do Luena, província do Moxico, pela Comissão Provincial de Promoção da Saúde, no âmbito do projecto denominado “Saúde ao encontro da população”.

Segundo o coordenador da comissão, Zeferino Firmino, antes das consultas, nas especialidades de medicina geral, oftalmologia, pediatria e entomologia (sistema urinário), os profissionais da saúde sensibilizam a população para a mudança de atitudes e práticas contra a saúde preventiva.

 

O paludismo, as doenças diarreicas e respiratórias agudas, bem como as infecções de transmissão sexual, são algumas das doenças abordadas durante a palestra, patologias mais diagnosticadas durante as consultas.

 

Zeferino Firmino disse ser objectivo principal das palestras, promover a saúde comunitária, através de trabalhos sociais e inquérito sanitário que antecedem as consultas.

 

O projecto que existe há um ano, visa igualmente melhorar as condições de higiene das populações nas localidades do município do Moxico (sede).

 

Fez saber também, que os técnicos de saúde já trabalharam em oito comunidades do município sede.

 

Notícia Angop

Transcrita por Carlos Alberto Santos

 

Ex-Militares da 3485 no MEO Kanal

Canal nº 888882 – Ex-Militares da 3485 no MEO Kanal