Querido Pai Natal
O tempo não para.
Pela lógica do calendário, vamos celebrar mais um Natal e de seguida a passagem para um Novo Ano.
Gosto da vida, luto por ela, mas estou triste pelos amigos, e já levo nisto alguns anos. Um Site. Blogs. Almoços. Convívios Anuais. Encontros. Viagens.
Gosto de conviver, de pôr a conversa em dia, de encontros que engolem a saudade e do convívio com a "malta" de outros tempos. Por isso, sempre que alguém se lembra de propor algo, esforço-me para estar presente, altero a rotina, adio o que pode ser adiado e arranjo um tempo.
Depois fico triste, quando poucos se esforçam por isto.
A vida e as circunstâncias podem ter ditado afastamentos que transformaram as amizades em coisas remotas. Tudo bem, já não somos amigos, mas eu trago comigo a recordação de o termos sido noutra altura e esforço-me quando há oportunidade para brindar a isso.
Uma coisa é não poder, porque a saúde não permite, porque é dia de trabalho ou porque se está muito, muito longe. Outra coisa é não tentar que seja possível, porque dói uma unha, não se está habituado, se duvida das intenções, dramas antigos, medo de fantasmas ou porque ao domingo... é preciso ir à mercearia.
Querido Pai Natal, no fim... será que vou brindar sozinho?
Querido Pai Natal ajuda, para eles não esqueças a melhor das prendas, saúde e muita alegria de viver.
Carlos Alberto Santos