Moscovo é uma grande cidade. Três vezes a cidade de Paris. Tem mais de 12 milhões de habitantes e mais de 6 milhões de automóveis, maioritariamente da gama alta. É a maior cidade do continente europeu, fundada no século XI. Hoje mistura o capital e a modernidade com a história.
Foi a cidade mais limpa, que visitei até hoje. Durante 4 dias, não vi uma simples ponta de cigarro ou papel no chão e não me cruzei com um qualquer sem abrigo, embora nas imediações da Praça Vermelha houvesse um homem de meia idade a pedir.
Москва (Moskvá) é realmente incrível! É um destino turístico muito interessante, onde poucos falam outros idiomas, como o inglês ou o francês, no entanto foi sempre fácil e possível conseguir uma informação de alguém na rua, nos transportes ou no restaurante, apesar do esforço mútuo.
O povo, no seu idioma terrível, parece rude e fechado, mas são muito práticos. Certamente uma forma viver ou de estar, absolutamente cultural.
Não tive problemas com a moeda, o rublo (1 euro igual a 72 rublos). Usei o meu cartão de débito nas caixas "multibanco" locais sem qualquer dificuldade. A alimentação, embora diferente suportava-se muito bem e os preços, em zonas turísticas, eram acessíveis (entre os 7 e 12 euros). Provei o Caviar negro (ao preço do ouro) e a Vodka, mas os russos que me perdoem: gosto mais de um bolo de bacalhau e de um cálice de Porto.
Dos inúmeros pontos de interesse e monumentos para visitar destaco em primeiro lugar a Praça Vermelha, fundada em 1493. Um espaço enorme e muito limpo rodeado de edifícios de estilos diversos que formam um todo surpreendentemente harmonioso! Não a imaginava tão monumental. A Catedral de São Basílio, construída entre 1554 e 1563, chama a atenção pela beleza e pelas cores vivas e brilhantes. Diz a lenda que Ivan, o Terrível, mandou cegar o arquiteto, para que ele não realizasse nada mais bonito no mundo. Num edifício datado de 1890 está instalado o maior centro comercial de Moscovo, o GUM. À esquerda deste edifício fica a Catedral de Kazan e do outro lado há um edifício em tijolos vermelhos, o Museu Histórico Estatal e a Torre do Arsenal no muro do Kremlin.
Carlos Alberto Santos